Dia 25 de julho é o Dia do Escritor no Brasil e um bom motivo para relembrar grandes nomes da nossa literatura. Confira!
1. Machado de Assis
Machado de Assis (1839-1908) é um dos maiores representantes da nossa literatura. Era carioca e não tinha muitas possibilidades para estudar, mas foi um autodidata, e com apenas 14 anos publicou um soneto. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e presidente da Academia por mais de dez anos.
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Memórias Póstumas de Brás Cubas foi o marco do início do Realismo. O romance emblemático foi publicado em 1881, mas continua a divertir os leitores contemporâneos com o seu tom irônico e com a narração de Brás Cubas, o famoso defunto-autor.
2. Clarice Lispector
Clarice Lispector (1020-1977) é uma das escritoras brasileiras de maior destaque. Nasceu na Ucrânia, mas veio ainda pequena para o Brasil com os seus pais, e nacionalizou-se brasileira. Estudou várias línguas e viveu em vários países, acompanhando o marido, que era diplomata. Sua obra é marcada pela epifania.
A Hora da Estrela
A Hora da Estrela, publicado em 1977, foi o seu último romance. A obra apresenta uma abordagem profunda da complexidade humana, sendo marcada por sentimento pessoais e de Macabéa, sua protagonista.
3. Monteiro Lobato
Monteiro Lobato (1882-1948) foi um intelectual polêmico, que aspirava o progresso mental dos brasileiros, mas era moralista e foi um crítico da Semana de Arte Moderna. Paulistano, conquistou o País com os seus personagens folclóricos e é considerado o pai da literatura infantil brasileira.
Urupês
Urupês, publicado em 1918, é um livro de 14 contos, inicialmente publicados no jornal O Estado de São Paulo. Nele surge Jeca Tatu, seu personagem mais famoso e nada idealizado, que por denunciar a situação precária do trabalhador rural brasileiro, se tornou um símbolo dos trabalhadores do campo.
4. Jorge Amado
Jorge Amado (1912-2001) é um grande representante da literatura brasileira, conhecido em todo o mundo graças à tradução das suas obras para 49 idiomas. Baiano, ocupou a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, que teve como primeiro ocupante Machado de Assis.
Capitães de Areia
Capitães de Areia, publicado em 1937, é um romance de crítica social que denuncia a miséria de um grupo de meninos que vivem nas ruas de Salvador, conhecidos como os “capitães de areia”.
5. Graciliano Ramos
Graciliano Ramos (1892-1953) é um dos maiores autores da literatura brasileira do século XX. Alagoano, teve oportunidade de estudar e publicou o seu primeiro conto quando tinha 11 anos. Chegou a ser prefeito, mas renunciou dois anos depois de assumir o cargo, porque achava a política muito conflituosa e burocrática. Na sua obra, Graciliano aborda vários temas sociais, como a miséria.
Vidas Secas
Vidas Secas, publicado em 1938, é um romance documental que retrata a vida difícil de uma família de retirantes. Baleia, uma das personagens principais, é o animal mais famoso da literatura brasileira. O seu nome, de um animal aquático, contrasta com o ambiente de seca narrado no romance.
6. Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) é um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos. Mineiro, formou-se em farmácia, mas nunca exerceu a profissão. Deu aula de português e de geografia e foi tradutor
A Rosa do Povo
A Rosa do Povo, publicado em 1945, é considerado por estudiosos como o livro mais politizado de Drummond. A obras reúne 55 poemas que refletem a melancolia dos horrores vividos durante a Segunda Guerra Mundial, associada ao pessimismo e, ao mesmo tempo, pela ânsia à democracia.
7. Lygia Fagundes Telles
Lygia Fagundes Telles (1923-2022), é um dos grandes nomes femininos da nossa literatura. Paulistana, publicou o seu primeiro livro de contos quando tinha 15 anos e ocupou a cadeira número 16 da Academia Brasileira de Letras. Recebeu diversos prêmios e condecorações.
As Meninas
As Meninas, publicado em 1973, é o seu terceiro romance. Ele narra a história de três universitárias durante a Ditadura Militar. A obra foi considerado bastante ousada para a época, porque, num momento de repressão, contém a descrição de uma sessão de tortura.
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