O Dia Nacional da Baiana de Acarajé é comemorado anualmente em 25 de novembro.
Instituída pela Lei nº 12.206, de 19 de janeiro de 2010, a data homenageia a importância histórica e cultural da figura da baiana do acarajé, nome dado às mulheres que se dedicam à produção e venda do acarajé, principalmente, mas também de outras comidas, como a cocada.
A baiana é um dos ícones mais populares do Brasil. Além de produzir e vender iguarias, a forma como ela se veste com saia rodada, turbante e colares é mais uma de suas características que marca a tradição da cultura afro-brasileira.
As baianas de acarajé são consideradas, desde 2004, Patrimônio da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional (IPHAN). Além deste título, em 2012, as baianas ainda foram reconhecidas como Patrimônio Imaterial da Bahia e Patrimônio Cultural de Salvador.
A profissão de baiana de acarajé foi oficializada com o decreto-lei municipal de Salvador nº 12.175/1998, que dispõe sobre a localização e funcionamento desse trabalho. Calcula-se que existam mais de 3 500 baianas cadastradas para vender o quitute na capital do estado.
Normalmente, o Dia da Baiana de Acarajé é comemorado no centro histórico de Salvador, onde há a maior concentração das profissionais. Um grande desfile é feito pelas ruas e, no final, há uma missa ou culto religioso dedicado às baianas.
O que é acarajé?
O acarajé é uma iguaria típica da culinária afro-brasileira. Trata-se de um bolinho frito, feito com massa de feijão-fradinho, cebola e sal. Frito em azeite de dendê, pode ser recheado com vatapá, caruru, camarão seco ou pimenta.
O acarajé, também conhecido como acará, era uma comida destinada aos orixás. Como algumas pessoas escravizadas tinham autorização para vender alimentos na rua, um dos escolhidos foi o acarajé, tanto pelo seu preparo como pela sua aceitação popular.
Tendo em conta sua importância na cidade de Salvador, o acarajé foi agraciado como Patrimônio Cultural de Salvador pela Câmara Municipal em 2005.