O calendário gregoriano, também conhecido como cristão ou ocidental, é o calendário usado atualmente pela maioria dos países, incluindo o Brasil.
Ele é usado como um padrão internacional na representação de dias e horas e foi criado como um calendário da igreja.
Como surgiu o calendário gregoriano
O calendário gregoriano foi inventado pelo astrônomo, médico e filósofo italiano Aloysius Lilius (1510-1576). Sua criação foi uma tentativa de corrigir os erros que o calendário juliano tinha. O calendário juliano era o usado antes do calendário gregoriano.
O papa Gregório XIII foi o responsável pela implementação do calendário gregoriano e, em sua homenagem, o calendário recebeu o nome de gregoriano.
A comissão para criação de um novo calendário foi organizada pelo papa e o principal trabalho da equipe foi determinar uma correção para restabelecer a sincronia com o ano solar.
O calendário gregoriano corrigiu alguns problemas apresentados pelo calendário juliano, tornando possível:
- realinhar o calendário com o movimento em torno do Sol;
- ajustar as datas para coincidir com os equinócios e solstícios;
- criar uma fórmula mais precisa para calcular anos bissextos;
- estabelecer um novo método para determinar o dia da Páscoa.
O calendário foi oficializado em 24 de fevereiro de 1582 através da bula papal Inter Gravissimus. Os primeiros países a aderirem ao novo calendário foram: Portugal, Espanha, Itália e Polônia, entretanto, mais de 300 anos se passaram até que a grande parte dos países abandonassem o calendário anterior e usassem o calendário gregoriano.
A resistência ocorreu principalmente pelos países protestantes, com receio de que se tratava de uma maneira utilizada pela Igreja Católica para impedir a expansão do protestantismo. Países como Alemanha e Inglaterra só aderiram ao calendário depois de 1700.
Como o calendário gregoriano está organizado
O calendário gregoriano é um calendário solar, ou seja, está baseado no movimento da Terra ao redor do Sol.
Possui 365, ou 366 dias se for ano bissexto. O ano é dividido em 12 meses, dos quais 4 tem 30 dias (abril, junho, setembro e novembro) e 7 tem 31 dias (janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro e dezembro).
O mês de fevereiro tem 28 dias, ou 29 se for ano bissexto. Dessa forma, o ano fica com 366 dias, em vez de 365.
Os anos bissextos são aqueles múltiplos de 4 e 400, mas que não são divisíveis por 100.
O calendário possui 52 ou 53 semanas. Cada semana tem 7 dias e o primeiro deles é o domingo, embora possamos considerar a segunda-feira, porque esse é o primeiro dia útil.
Curiosidades sobre o calendário gregoriano
- Para ajustar as datas das estações, 10 dias do calendário juliano foram excluídos em 1582, ano em que o calendário gregoriano se tornou oficial. Assim, o dia seguinte a 4 de outubro de 1582 passou a ser 15 de outubro, no calendário gregoriano.
- A Turquia foi o último país a oficializar o calendário gregoriano em seu território. Isso aconteceu em 1º de janeiro de 1927.
- O calendário gregoriano também não é perfeito, se comparado com o ano tropical. Por isso, até 4909 nosso calendário estará adiantado em um dia.
Calendário juliano
O calendário juliano foi criado pelo astrônomo grego Sosígenes, da Escola de Alexandria, e implementado pelo imperador Júlio César em 46 a.C.
Alguns dos problemas apresentados pelo calendário juliano foram:
- Dificuldade em estabelecer o tempo real que a Terra levava para dar uma volta completa ao redor do Sol.
- Ocorrência de anos bissextos a cada quatro anos. A frequência com que ocorriam fizeram a contagem do tempo estar em desacordo com fenômenos naturais, como as mudanças de estações, que ocorriam em datas fixas.
- Com o passar do tempo, a data da Páscoa estava ficando cada vez mais distante do Equinócio de Primavera. O equinócio da primavera é usado para a fixação da data da Páscoa.
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